Arqueólogos espanhois e italianos descobriram uma tumba simbólica do deus Osíris na necrópole de Sheikh Abd el-Qurna, na margem ocidental de Tebas. A descoberta feita em novembro de 2014 abrange múltiplos poços e câmaras. O túmulo é uma enorme reprodução da tumba mítica com todas as características descritas nas antigas lendas egípcias e uma versão menor da arquitetura do Osireion, construído na época do faraó Seti I (c. 1306 a 1290 a.C.) na cidade de Abido. Depois de um corredor transversal que se apoia em cinco pilares, destinado a isolar e proteger a parte mais importante do túmulo, uma escadaria com 3,5 m de comprimento, a qual desagua num ambiente com teto de quatro metros de altura, penetra na rocha levando ao complexo funerário. Uma estátua de Osíris fica situada num nível superior em uma capela com teto abobadado. O corredor que a envolve simboliza um canal aquático isolando a deidade em "sua ilha". Defronte da estátua de Osíris há uma escadaria que esconde um poço que desce por cerca de nove metros. Ele conduz a uma câmara dentro da qual existe um outro poço que desce mais seis metros se abrindo para outras duas salas na parte mais profunda de toda a estrutura. Além disso, no lado ocidental do corredor que cerca a estátua, há uma câmara contendo um poço de cerca de sete metros de profundidade atingindo dois ambientes vazios nos lados norte e sul e, mais abaixo, outros dois ambientes cheios de escombros nos lados leste e oeste. O ambiente do lado oeste é uma câmara funerária decorada com relevos nos quais aparecem demônios e divindades segurando facas. Eles estão ali para proteger o corpo do defunto. Os pesquisadores acreditam que o complexo deve ter sido construído na XXV dinastia (c. 770 a 657 a.C.) ou na XXVI dinastia (664 a 525 a.C.). A foto mostra a estátua de Osíris ao fundo. O esboço da arquitetura da tumba que vemos acima é de autoria e © de Raffaella Carrera. Veja também: A Tumba de Osíris.
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